quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Lagoas de estabilização facultativas

Lagoas de estabilização facultativas

       As lagoas de estabilização são consideradas como uma das técnicas mais simples de tratamento de esgotos. Em lagoas facultativas, o processo de tratamento é muito simples e constitui-se unicamente por processos naturais.
       O efluente entra por uma extremidade da lagoa e sai pela outra. Durante este caminho, que pode demorar vários dias, o esgoto sofre os processos que irão resultar em sua purificação. Após a entrada do efluente na lagoa, a matéria orgânica em suspensão (DBO particulada) começa a sedimentar formando o lodo de fundo. Este sofre tratamento anaeróbio na zona anaeróbia da lagoa. Já a matéria orgânica dissolvida (DBO solúvel) e a em suspensão de pequenas dimensões (DBO finamente particulada) permanecem dispersas na massa líquida. Estas sofrerão tratamento aeróbio nas zonas mais superficiais na lagoa (zona aeróbia). Nesta zona há necessidade da presença de oxigênio. Este é fornecido por trocas gasosas da superfície líquida com a atmosfera e pela fotossíntese realizada pelas algas presentes, fundamentais ao processo. Para isso há necessidade de suficiente iluminação solar, portanto, estas lagoas devem ser implantadas em lugares de baixa nebulosidade e grande radiação solar. 

       

       As lagoas facultativas dependem da fotossíntese para a produção de oxigênio, como já foi dito anteriormente. Desta forma, a eficiência desse tipo de sistema de tratamento depende da disponibilidade de grandes áreas para a exposição á luz solar adequada, podendo a chegar de 70% a 90% de remoção de DBO. Como a atividade fundamental do processo consiste no desenvolvimento das algas e estas da presença da luz, as profundidades das lagoas restringem-se a valores variáveis entre 1,5 e 2,0 m, porém, com volumes elevados, de forma a permitir a manutenção de grandes períodos de detenção, em geral de 15 a 20 dias.

Vantagens e desvantagens da lagoa:
  • Vantagens: satisfatória remoção de DBO; eficiente na remoção de patogenos; construção, operação e manutenção simples; reduzidos custos de implantação e operação; ausência de equipamentos mecânicos; requisitos energéticos praticamente nulos; satisfatória resistência a variações de carga; remoção e lodo necessária apenas após tempo > 20 anos.
  • Desvantagens: Elevados requisitos de área; dificuldade em satisfazer padrões mais restritivos de lançamento; a simplicidade operacional pode trazer o descaso com a manutenção(crescimento da vegetação); possível necessidade de remoção de algas do efluente para o cumprimento de padrões mais rigorosos; performace variável com as  condições climáticas(temperatura e insolação); possibilidade de crescimento de insetos.
BIBLIOGRAFIA

  •  MARQUES, B.C.D. Lagoas de estabilização. Disponível em: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAe-jgAA/lagoas-estabilizacao. 
  • BIBLIOTECA DIDÁTICA DE TECNOLOGIAS AMBIENTAIS. Tratamento de esgoto, lagoas. Disponível em: http://www.fec.unicamp.br/~bdta/esgoto/lagoas.html#lagfac 

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